O caminho para o mundo da
arte
Pintomeira |
As suas origens
provêm, por um lado, de proprietários rurais relativamente abastados, e por
outro, de uma fidalguia, já então, em franca decadência.
Na escola primária, Pintomeira interrogava-se por que razão a sua professora, de
nome Belizanda, lhe pedia, sempre a ele, para desenhar no quadro preto, a igreja
da sua aldeia. Tem, também, na memória o tempo que ocupava a tentar
desenhar, com os chamados lápis de pau, os retratos das suas irmãs, e o
fascínio e excitação que sentiu quando recebeu a primeira caixa com lápis de cor,
imaginando os desenhos que poderia fazer com tudo aquilo. Teria, então, oito,
nove anos.
Capela na casa de família | Deucriste |
Os seus pais, uma vez feita a instrução primária, já tinham, pressentia ele,
pensado o seu destino. Seria o Seminário e o sacerdócio. Sendo eles
profundamente religiosos praticantes do catolicismo, e como existe uma capela
na sua casa de família, penso que gostariam de ver, no futuro, o filho padre
a celebrar missa, intra-muros.
Assim aconteceu. Em Outubro de 1957, ainda criança, entrou no Seminário Menor
de Braga. Pela primeira vez, à noite, Pintomeira encontrava-se a dormir num lugar
estranho e, também pela primeira vez, encontrava-se sem a protecção dos seus
pais. Aquela inquietante estranheza inicial transformou-se, com o passar do
tempo, numa convivência salutar e amical entre os restantes colegas. Conduzidos
por regras austeras, muito próprias de um regime de internato numa Instituição
Católica, a oração e o estudo preenchiam a maior parte do tempo, o que acabaria
por inculcar para a sua vida, o método e a disciplina mental. Mas,
uma vez que a vocação para o sacerdócio não vivia dentro de si, e sabendo da
existência de um outro mundo lá fora, a permanência no Seminário não iria ser longa.
A rebeldia, o inconformismo e a ânsia de plena liberdade, atributos que irão caracterizar toda a sua vida, fizeram com que, no primeiro período do
quinto ano, em Dezembro de 1961, ele tomasse a sua primeira grande decisão:
abandonar o Seminário. Apesar dos conselhos insistentes do Reitor para que
reconsiderasse essa sua vontade, dizendo-lhe que a vocação iria voltar ainda
mais forte, a sua determinação estava tomada e era irreversível.
Seminário Maior | Braga |
Liceu de Santa Maria Maior | Viana |
Acabado o curso
liceal, uma vez mais, o seu destino já tinha sido pensado pelo seu pai. A Universidade
do Porto iria aprisioná-lo durante os próximos anos, a caminho de uma formação
em Arquitectura. No entanto, durante o Liceu, já outras paixões tinham
germinado dentro de si: o Cinema, como realizador, e as Artes Plásticas. Como nenhum
estudo, nestas áreas, tinha a aprovação dos seus pais, a desobediência à
vontade paternal voltou a acontecer. A formação em Arquitectura ficou,
definitivamente, para trás e em Janeiro de 1967, deixou a sua casa de
família, a sua aldeia construída em anfiteatro, a cidade da sua
adolescência, e partiu para Lisboa.
Levava consigo o
estímulo e o impulso gerados pela exposição realizada em 1966 na, então
existente, Galeria da Livraria Divulgação, em Viana. Ainda inseguro, mas
determinado, decidiu mostrar ao público, pela primeira vez, um conjunto de
desenhos, guaches e tintas da china. Constatando a elevada presença de visitantes e
o interesse que a mostra neles despertou, aquela pequena e tímida experiência
transformou-se no seu grande desígnio: uma forte determinação para seguir uma
carreira no mundo das artes.
A longa viagem de comboio até Lisboa ofereceu-lhe, de novo, uma inebriante
sensação de liberdade, e a sua bagagem era um enorme baú cheio de sonhos. O
mundo parecia estar todo na palma das suas mãos e tudo aparentava estar ao seu alcance. Havia a consciência de algumas incertezas mas, paradoxalmente, tudo lhe despertava entusiasmo e arrebatamento. Finalmente, sentia-se ao leme da sua vida e acreditava que ela estava a desenhar os melhores planos para o seu
futuro.
A chegada à estação de Santa Apolónia e o trajecto percorrido de eléctrico até à zona da Estefânia, transformaram-se numa experiência de enorme fascinação, de puro deslumbramento.
Era já de noite.
Todos aqueles neons ofereciam uma paisagem urbana cheia de encantamento. Pintomeira, o
rapaz saído daquela pequena aldeia e de uma pequena cidade do norte do país,
chegava, agora, ao grande mundo e sentia que o Cinema e a Pintura moravam, ali,
naquele lugar iluminado. Entretanto, um emprego como inspector tributário
estagiário na Direcção de Finanças, acompanhando a verificação das contas das
empresas sediadas na Costa do Sol, entre Oeiras e Cascais, ajudava a manter uma vida independente. Passados seis meses e, não querendo acatar uma ordem vinda da
Direcção para adoptar uma imagem mais condizente com a sua
função, decidiu pedir a demissão. Tal decisão, naquele tempo, era o reflexo de
uma tomada de posição anti establishement, anti statu quo e de
não adaptação às regras. Era a procura de uma liberdade pessoal, que alguns
jovens da sua geração lutavam para conquistar. Sabendo que eram diferentes,
queriam fazer diferente. Era uma geração anticonformista, da contracultura,
fortemente influenciada pelos escritos da beat generation, mais
concretamente pelo livro On the Road de Jack Kerouac.
Mais
ou menos na mesma época, Bob Dylan escrevia e cantava The Times They Are
a-Changin': "... ouçam mães e pais, através de todo o país, não
critiquem aquilo que não conseguem compreender; os vossos filhos e as vossas
filhas já não entendem as vossas ordens e a vossa velha estrada está a cair
rapidamente em desuso; por favor não perturbem o novo caminho se não o
conseguem caminhar; os tempos estão a mudar." E tudo mudava rapidamente. O pedido de
demissão acima referido foi também motivado pelo desígnio fundamental
que transportava consigo: a Pintura e o Cinema que continuavam bem vivos dentro do seu baú de viagem. Naquele tempo, 1967, dizia-se
em Lisboa que, estudar Cinema teria de acontecer em Londres, na London Film
School ou em Paris, no IDHEC (Institut des Hautes Études
Cinématographiques). Estando vedada a obtenção de um passaporte e a
consequente proibição de sair do país por não haver, ainda, cumprido o serviço
militar obrigatório, e após uma tentativa fracassada de saída clandestina, os
estudos em Cinema ficavam, assim, adiados. A Pintura ficaria em Lisboa. E ele
também. Entre 1967 e 1972, os encontros no café Brasileira, o convívio com
alguns artistas do movimento surrealista português, Mário Cesariny, Cruzeiro
Seixas, Raul Perez, Fernanda Assis e outros, as exposições inconformistas nos largos
passeios do Rossio, o atelier colectivo na Mouraria, as conversas literárias e
libertinas com Luís Pacheco nas tabernas da baixa de Lisboa, e as noites de
tertúlia e boémia no Botequim de Natália Correia são, agora, lembranças que
trazem alguma nostalgia.
O eléctrico na noite de Lisboa |
Livro "On the Road" | Jack Kerouac |
Café Brasileira | Lisboa |
Em Maio de 1967, querendo vivenciar o seu "Pela Estrada
Fora" (On the Road), ele e mais três amigos saíram de Lisboa,
de mochila às costas e à boleia, decididos a percorrer, sem qualquer plano
preconcebido, o maior número de quilómetros pelas estradas do país. Era a
procura da liberdade, da natureza, do improviso, da aventura no asfalto,
apoiadas na prática da amizade e da solidariedade. Na sua bagagem
encontravam-se alguns livros, material de desenho e um gira-discos portátil. Na
roupa tinha inscrições de apelo à paz (Paix au Vietnam e Make Love Not
War), uma causa que sensibilizava muitos jovens naquele tempo de guerras: a
do Vietnam e a guerra colonial. Foram estas pacíficas palavras inscritas
nas costas do seu blusão de ganga, que vieram a suscitar suspeitas de teor
político. Após algum tempo de vibrantes aventuras, chegava, agora, um período
de escuridão causado por uma curta, mas sinistra, detenção pela PIDE de
Coimbra, juntamente com os seus amigos, por suspeita de actividades subversivas
contra a segurança do regime dictatorial em vigor.
Houve
interrogatórios assustadores feitos por um tenebroso inspector. Houve ameaças
de tortura, humilhações, mas nada acabaria por ser provado. No auto de libertação (Torre do Tombo), pode
ler-se: “Em face dos autos, verifica-se a falta de fundamento da
suspeita de actividades subversivas inicialmente alimentada contra os detidos,
que, apenas, se alicerçava no seu procedimento um tanto estranho e nas
pregadeiras com inscrições de apelo à paz, bem como nos desenhos feitos num
bloco de apontamentos, representando um deles, da autoria de A. Pinto Meira,
dois nus, um agrilhoado, com os dizeres “nous ne sommes pas libres”.
Na verdade, pode considerar-se aceitável a explicação apresentada pelos
acusados nos interrogatórios a que foram submetidos, na medida em que o seu
comportamento traduzirá um estado de espírito, uma mentalidade, uma forma de
sentir não muito raras em outros jovens que pretendem fazer-se notados pelas
suas extravagâncias. Nestas circunstâncias, restituam-se à liberdade e arquivem-se os autos (29 de Maio de 1967). Todos os desenhos que ele havia feito durante a
viagem e os livros que trazia consigo (Albert Camus, Arthur Rimbaud, Jack
Kerouac, Jean-Paul Sartre) não lhe foram restituídos, sendo confiscados ou,
provavelmente, destruídos pela PIDE.
PIDE | Coimbra 1967 |
Pintomeira e os seus
companheiros do asfalto estavam de regresso à estrada. Mas, esse asfalto que
simbolizava liberdade e aventura, foi sol de pouca dura. Passados alguns meses,
a entrada obrigatória, em Mafra, para o curso de oficiais milicianos e, findo este, a subsequente partida, como
alferes, para a guerra colonial, em Novembro de 1968, adiavam, agora,
com muitas incertezas, a Pintura e o Cinema. A Guiné, e o seu interior mais
remoto, num local chamado Piche, foi o seu destino pavoroso e dantesco, o seu
pequeno Vietnam. Em Março de 1970, após dezoito meses de serviço militar
cumprido em África, ele, são e salvo, estava de regresso a Lisboa com quem selou
uma paixão até ao fim dos seus dias. Revisitou essa sua cidade e reencontrou
alguns amigos. A outros perdeu-lhes o rasto.
Guiné Bissau | Guerra Colonial 1969 |
O tempo passado entre Mafra e a selva africana, marcou um período perdido,
um espaço de poucas memórias, talvez inútil, por nunca ter sido sua escolha.
Ficou como um interregno imposto, involuntário, do seu caminho no mundo
artístico. Após algum tempo de adaptação, pude concluir que essa indesejada
participação na guerra colonial, não tinha provocado, em si, qualquer
transtorno. Estava pronto para reiniciar um percurso que, de certa maneira,
esteve suspenso.
Marquou o reencontro com a Pintura. A ligação a alguns
artistas do movimento surrealista português deixou influências e marcou o seu caminho na década de setenta.
Embora sabendo que o surrealismo já não se encontrava inserido no contexto das
vanguardas, não quis deixar de explorar, na prática, a formulação do Manifesto
Surrealista de André Breton (Paris 1924), chamado automatismo psíquico: "estado puro, mediante o qual se propõe transmitir verbalmente,
por escrito, ou por qualquer outro meio o funcionamento do pensamento livre de
qualquer controlo exercido pela razão ou qualquer preocupação estética ou
moral".
Atelier em Amesterdão | Oud Zuid 1973 |
Após algumas exposições, senti que, desta
vez, os seus sonhos se tinham tornado maiores do que a própria vida, sendo o seu país demasiado sufocado, fechado e pequeno para os abarcar. Decidiu deixar Lisboa e Portugal.
No verão de
1971, Marijke, a linda holandesa de olhos muito azuis apareceu, assim
inesperadamente, olhando alguns desenhos que ele expunha, junto a uma praia
chamada Cabedelo. Ela decidiu ficar consigo.
Rapidamente ela apreendeu o pulsar da sua inquietude e sentiu a sua enorme vontade de percorrer uma estrada muito
mais longa e mais aberta. E a sua vida, ao lado dela, iria tomar um rumo, para
sempre irreversível. Em fins de 1972, partiram para Paris, onde ela iria
terminar os estudos na Sorbonne. Após uma curta estada na capital francesa,
chegaram, finalmente, a Amesterdão. Era ali que Pintomeira iria permanecer, por muitos
anos. Era a sua cidade, o seu céu aberto onde, naquele tempo, tudo parecia acontecer e tudo parecia
ser permitido. Em 1976, Pintomeira e Marijke casaram.
Todo o seu trabalho surrealista foi produzido no atelier, anexo à casa que ambos habitavam, na Cornelis Anthoniszstraat, Oud Zuid. Ela seguiu e estimulou a realização dessa obra, sendo modelo, em alguns desses trabalhos. Entretanto, o curso de realização de Cinema na Nederlandse Filmeacademie era, agora, uma possibilidade. Mas, não aconteceu. A Pintura que estava já a fazer o seu caminho e que estava ali, mais próxima e esperando o reencontro, venceu o Cinema.
Todo o seu trabalho surrealista foi produzido no atelier, anexo à casa que ambos habitavam, na Cornelis Anthoniszstraat, Oud Zuid. Ela seguiu e estimulou a realização dessa obra, sendo modelo, em alguns desses trabalhos. Entretanto, o curso de realização de Cinema na Nederlandse Filmeacademie era, agora, uma possibilidade. Mas, não aconteceu. A Pintura que estava já a fazer o seu caminho e que estava ali, mais próxima e esperando o reencontro, venceu o Cinema.
Decidiu frequentar o CREA | Cultureel Studentencentrum van de Universiteit van Amsterdam (1977-1980) e estudar Pintura.
Paralelamente, também, no CREA, um pequeno curso e
um curto filme realizado por todos os alunos, serviu para a sua despedida
definitiva do Cinema, podendo, assim, dedicar todo o tempo às artes plásticas.
Toda essa labuta criativa iria acontecer num novo atelier na Daniel
Stalpertstraat, Oud Pijp, o seu lugar dos encontros e diálogos solitários entre si e a tela. Situava-se muito próximo da Museumplein, esse imenso céu
aberto circundado pelo Rijksmuseum, o Stedelijk Museum e o Van Gogh Museum, recheados de centenas de obras primas que ele,
frequentemente, visitava para receber influências e estímulos.
Atelier em Amesterdão | Oud Pijp 1983 |
Após algumas exposições na Holanda, realizou, em 1978, a sua primeira
exposição em Paris, na Galerie Entremonde, ainda com a assinatura de
Pintorosha.
Cartaz da Exposição na Galerie Entremonde | Paris 1978 |
Livro 1972 . 1995 | 45 páginas |
Não querendo percorrer o caminho do rebanho instalado num sistema enganoso e especulativo dos anos oitenta e desagradado com o filistinismo de galeristas, curadores e directores artísticos que baptizavam no deserto a chamada arte contemporânea, o seu trabalho seguiu o trilho do experimentalismo nas áreas do desenho a aguada e pó de grafite, serigrafia monotípia, feitura de posters de cinema e na área da fotografia.
Seguiu-se a série Contornos (década1990), um dos temas mais inovadores e mais envolventes da sua carreira artística. Sobre este tema, citamos, aqui, a apreciação de Hendrik Kramer, no seu texto escrito no catálogo Temáticas 2002-2020: "...os contornos tornaram-se mais largos, multiplicaram-se e alongaram-se, ultrapassando a fronteira do seu propósito convencional e passaram a construir um espaço, agora notório e impositivo"
Contornos | Livro . 80 páginas |
Nova Linha | Livro . 100 páginas |
Durante todo
esse tempo, a sua vida pessoal teve períodos de encontros e desencontros. Em
1979, Pintomeira e Marijke optaram pelo divórcio. A Cláudia, vinda da Austria, foi a sua adorável companheira de aventuras e viagens. A Ria, a bela holandesa, de
quem ele tantas vezes desenhou o retrato, foi uma grande paixão. Em 1984, Pintomeira e a
Ruth, a poetisa e encantadora “amsterdammer,” encontraram-se. Aconteceu na
vernissage da exposição colectiva “Veins” em Amesterdão. Sairam, jantaram
juntos e, nos próximos quinze anos, nunca mais se separaram. Ela foi a sua companheira inspiradora que o acompanhou e assistiu na construção e
produção de muitos trabalhos e na realização de muitas exposições na Europa.
Catálogo | 40 páginas |
Passaram quase trinta anos desde a sua chegada à Holanda, naquele frio
Novembro de 1972. Esse período vivido na sua irreverente Amesterdão, estava a
chegar ao seu termo. Tudo teria sido muito diferente se, em 1972, ele não
tivesse decidido deixar Portugal e acompanhado a linda holandesa de olhos muito
azuis, a caminho de Paris e Amesterdão. A sua evolução artística e cultural
foi mais cheia, mais inteira. Tendo a sua integração na sociedade e na
cultura holandesa sido muito rápida por via do seu casamento com a Marijke, os seus contactos e a sua participação na cena artística de Amesterdão foi, também
por isso, mais facilitada. A aprendizagem e as influências vindas desses
contactos estão bem patentes em muitos dos seus trabalhos.
Em fins de 1999, aconteceu o seu regresso a Portugal, àquela linda aldeia da sua infância, construída em anfiteatro.
De novo,
cheguou a casa dos seus pais a quem ele tantas vezes desobedecei, para seguir o
caminho que a sua vida tinha pensado para si. Herdou a casa de família, hoje
Casa da Colunata, e um atelier construído no piso térreo permitiu a
continuidade do seu trabalho criativo. O tema Nova Linha,
trazido de Amesterdão, adaptou-se a outro clima e permaneceu durante
alguns anos. Seguiu-se o tema Faces (década 2000) que, ainda
hoje, vai fazendo parte do seu trabalho.
Para além dos acrílicos e técnica
mista sobre tela, foi produzida, paralelamente, uma vasta quantidade de
trabalhos sobre papel e cerâmica.
Catálogo | 68 páginas |
Catálogo | 60 páginas |
Chegou 2007. A sua vida iria, uma vez mais, tomar um novo rumo. Pintomeira e a doce Tuxa casaram.
Aconteceu na pequena capela da sua casa, onde os seus queridos pais, num
passado, já longínquo, sonharam ver o filho celebrar missa. Nesse dia, a missa
de casamento foi celebrada pelo seu neto, Padre José Domingos
Meira, e eles foram lembrados. Entretanto, o seu atelier em Deucriste
transformou-se na sua galeria de arte. A cidade de Braga iria ser, ao lado da Tuxa, o lugar do início de um novo ciclo no seu percurso artístico.
Atelier | Braga |
Catálogo | 32 páginas
|
Estamos em 2016. Passaram 50 anos desde a realização da sua primeira
exposição na cidade de Viana, em 1966. Na sua inauguração, algumas dezenas de
guaches e desenhos, alinhados naquelas quatro paredes, e as pessoas que os
olhavam, encorajaram o futuro artista a pensar que, aquela pequena exposição, era o início,
firme e inabalável, de um caminho no mundo das Artes Plásticas. É aí que ainda se encontra: na Pintura, na Fotografia e na Ilustração. Os “períodos sabáticos”,
são avidamente preenchidos com alguns escritos: ensaios, textos, estudos, papers.
Nesse caminho, foram criados cerca de oitocentos trabalhos em diversas técnicas e diferentes disciplinas, realizadas mais de uma centena de exposições individuais, inúmeras colectivas, algumas bienais, conferências e encontros. Algumas centenas de trabalhos fazem parte de colecções privadas, colecções públicas e institucionais espalhadas por diversos países.
A passagem dos 50 anos de carreira artística foi o pretexto para a realização de uma Exposição Antológica com cerca de 100 obras, muitas oriundas de diversas colecções e o motivo para a edição do livro bilingue, de capa dura e 500 páginas, com o título Pintomeira Pintura | Fotografia. Foi, também, a razão para a atribuição, pelo Município de Viana do Castelo, da medalha de cidadão de mérito “pelos relevantes serviços prestados às artes plásticas e à cultura vianense”.
No entanto, o
baú da sua primeira viagem para Lisboa, em 1967, transporta, ainda, muitos sonhos. Eles são o
futuro que ele tera´, ainda, de cumprir.
Nesse caminho, foram criados cerca de oitocentos trabalhos em diversas técnicas e diferentes disciplinas, realizadas mais de uma centena de exposições individuais, inúmeras colectivas, algumas bienais, conferências e encontros. Algumas centenas de trabalhos fazem parte de colecções privadas, colecções públicas e institucionais espalhadas por diversos países.
A passagem dos 50 anos de carreira artística foi o pretexto para a realização de uma Exposição Antológica com cerca de 100 obras, muitas oriundas de diversas colecções e o motivo para a edição do livro bilingue, de capa dura e 500 páginas, com o título Pintomeira Pintura | Fotografia. Foi, também, a razão para a atribuição, pelo Município de Viana do Castelo, da medalha de cidadão de mérito “pelos relevantes serviços prestados às artes plásticas e à cultura vianense”.
Livro capa dura | 500 páginas |
Este seu
percurso nunca foi uma monótona linha recta. Nessa estrada, passou por muitos
cruzamentos e entroncamentos e a direcção que então foi escolhida, conduziu-o
até aqui. Foi assim que Pintomeira sempre quis que fosse.
Escrito segundo as regras do anterior acordo ortográfico
Publicado (inglês) em: Academia.edu
https://www.academia.edu/43417810/Road_to_the_art_world
Publicações / Seleção
Escrito segundo as regras do anterior acordo ortográfico
Publicado (inglês) em: Academia.edu
https://www.academia.edu/43417810/Road_to_the_art_world
Publicações / Seleção
Het Parool | Recensie Cultuur Supplement | Kunst Expositie, Surrealisme, Galerie Jollijst, Februari 1975, Amsterdam, Netherlands
Metamorphoses | Le Salon 1978, Surrealisme | Catalogue Hommage à René Magritte, Grand Palais,
Paris, France, 1978
Le surréel maniériste | M. de Hartog | Catalogue Expo Galerie Entremonde, Paris, France, 1978
Pintomeira | Livro, Amsterdam, Netherlands 1995 | De Appelbloesem Pers publishing | artworks produced
between 1972 and 1994
Het Surrealisme van Pintomeira ( Pintorosha), 1978, intervieuw in tijdschrift Rath & Doodeheefver, Amsterdam, Netherlands
Contours 1997 | Donald Meyer, art critic, Amsterdam, Netherlands | Text Contours ISBN 90 7045 9167
Contours | Contornos | 1998, De Appelbloesem Pers publishing, artbook, Amsterdam, Netherlands,
ISBN 9070459167
Catalogue Pintomeira - Pintura | 1999, Visão Gráfica | Pintoart | Depósito Legal 144276/99
Da Silhueta ao Pintor 2002 | Texto de Alberto Antunes de Abreu, historiador, escritor, ISBN 972-9071-37-3
Pintomeira | Pintura; Catálogo Nova Linha, 2003, depósito legal 205550/04, ISBN 972-9071-37-3
Latitudes | Cahiers Lusophones, | Texto de Egídio Álvaro, crítico de arte, Paris, 2004, ISSN 1285-0756
Catalogue
Pintomeira | Pintura, 2006 | retrospectiva 1970-2005 | Textos de
Alberto Antunes de Abreu, Donald Meyer, Egídio Álvaro, Arlette Salgado
Faria e Luis Chaves,
http://www.worldcat.org/identities/viaf-284531829/
Da
manipulação dos objectos à sua desmaterialização 2006 | Texto de
Alberto Antunes de Abreu, historiador, escritor | catálogo retrospectiva
1970 | 2005
Catálogo Interiores 2009 | Pintomeira | Pintura, Enter Impressão Lda |
Exposição Interiores Museu D. Diogo de Sousa, Braga
Interiores | entrevista vídeo sobre o tema Interiores 2009 | localvisão | noticias, pintomeira
A
erótica dos objectos 2009 | Texto de Moisés de Lemos Martins,
Universidade do Minho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade
(CECS), Catálogo Interiores
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ISBN 978-989-20-1997-0
O espaço paradoxal da desaparição do sujeito
2010 | Texto de Moisés de Lemos Martins, Universidade do Minho, Centro
de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), catálogo Outras Faces
ISBN 978-989-20-1997-0
Exteriores | Interiores | Pintomeira; 2011, Pintart, Catálogo, depósito legal 330722/11,
ISBN 978-989-20-2614-5
Exteriores & Interioridades
2011 | Texto de José Luís Ferreira, sociólogo, escritor, investigador
de arte | Membro Académico Ind. IAA/AIE –International Association for
Aesthetics,| catálogo Exteriores | Interiores ISBN 978-989-20-2614-5
Interiores. Exteriores | FCT Universidade Nova, Lisboa, publicação Design em Lisboa 2011
http://design-em-lisboa.blogspot.com/2011/11/pintoneira.html
ArtWall, International Contemporary Art 2011 Zine, Internet Solutions and Publications,
https://www.artwallzine.com/magazine, Londres, UK
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ISBN 978-972-97566-6-5
Art Unlimited, MOT publishing, Contemporary Artists. 2014, Londres, UK, ISBN 978-91-89685-28-8
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Fotografias como pinturas sobre telas. A declinação da melancolia
2014 | Texto de Moisés de Lemos Martins, Universidade do Minho, Centro
de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) | Catálogo Somewhere
ISBN978-989-20-4820-8
Os Cut-outs como metáfora do nosso tempo
2015 | Ramon Villares, História Contemporânea, Universidade de Santiago
de Compostela, Presidente do Conselho da Cultura Galega | Publicado em
Catálogo Cutouts
ISBN 978-989-20-6470-3, Março 2016
Cutouts | Pintura, 2016, Pintart, Catálogo, Depósito legal 405846, ISBN 978-989-20-6470-3,
Março 2016
Fragmentos de uma viagem 2016 | Álvaro Laborinho Lúcio, Juiz Conselheiro, escritor,
Os limiares dos encontros 2016, Marzia Bruno, Curadora | História da arte, Estudos Museológicos e Curadoria https://issuu.com/pintomeira/docs/book_500_pag._hardcover_._2016 | pag.115
Pintomeira | Painting | Photography 2016, Livro capa dura, 500 páginas, edição CM Viana do Castelo,
ISBN 978 972 588 255 9
An Empire of Signs
2017 | https://www.rit.edu/spotlights/o-imperio-de-sinais-empire-signs |
Essay by Michael Amy Ph.D. | College of Imaging Arts & Sciences,
Rochester Institute of Technology, Rochester, USA
7 Fragmentos em A, 2018 | A figura feminina e a quentura das cores | Arlette Salgado Faria,
ISBN 978-972-588-265-8
Autopsying the moribund art blader 2018, essay by Pintomeira
https://www.academia.edu/37198943/Autopsying the moribund art bladder
MoMA issue of World of Art Contemporary Art Magazine | Publishing World Of Art (WOA), 2020 | Londres, UK | ISSN: 1404-3408
ISBN: 9789189685451
- A Arte no Período Entreguerras 1918-1939 - livro, 306 páginas de Pintomeira,| edição da Lisbon International Press, 2023, Lisboa ISBN 978-989-37-5519-8
- Um Mundo Capitulado - livro 350 páginas, de Pintomeira | edição da Lisbon International Press, 2024, Lisboa ISBN 978-989-37-7260-7
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